Para a PGR, a imposição das obrigações cautelares configura uma “medida menos gravosa do que a prisão e providência mais adequada ao caso, possui como finalidade garantir a aplicação da lei penal”. Segundo o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, responsável pelas apurações dos ataques que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, “no atual cenário da investigação, não mais subsistem os requisitos para a manutenção da segregação cautelar”.
De acordo com a PGR, “existe uma linha investigativa em evolução” que segue seu “curso normal” e, até o momento, “converge para a hipótese inicialmente estabelecida”. O órgão disse que vai emitir sua opinião definitiva sobre a eventual responsabilização de Torres ao fim da apuração. A defesa do ex-ministro argumentou que ele não apresenta riscos de atrapalhar as investigações e que a manutenção da prisão seria uma “grande injustiça”.
O pedido de revogação da prisão preventiva foi assinado pela nova equipe jurídica de Torres, capitaneada pelo advogado Eumar Novacki. Em sua solicitação, a defesa alegou que as filhas de Torres passaram a receber acompanhamento psicológico “com prejuízo de frequentarem regularmente a escola”, que a mãe do ex-ministro passa por um tratamento de câncer e que ele “entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos.”
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