Ex-atleta investigada por agressão e injúria a entregadores alega sentir-se ameaçada, diz depoimento à polícia



A ex-jogadora de vôlei, Sandra Mathias Correia de Sá, de 53 anos, prestou depoimento por três horas nesta segunda-feira (17) na 15ª DP (Gávea). Ela é investigada por injúria e lesão corporal após ter sido vista em imagens agredindo um entregador negro com uma coleira de cachorro. Durante o depoimento, Sandra afirmou que se sentia ameaçada pelos entregadores com quem se envolveu em brigas em São Conrado, Zona Sul do Rio, e confirmou que a confusão começou em 4 de abril, quando o entregador Max Angelo passou perto dela na calçada onde os trabalhadores se reúnem ao lado do prédio dela.

A ex-atleta foi filmada atacando Max com a guia da coleira do cachorro dela, com uma chicotada, em outra briga cinco dias depois. Ela prestou depoimento pela primeira vez mais de uma semana depois e foi acompanhada por um advogado, mas não quis falar com a imprensa. Roberto Duarte Butter, responsável pela defesa de Sandra, alegou que ela não poderia comentar sobre as acusações porque as investigações estariam sob sigilo, mas a delegada Bianca Lima, titular da 15ª DP (Gávea), desmentiu a informação.

Sandra havia adiado a data de seu depoimento, que estava marcado inicialmente para a semana passada, apresentando um atestado alegando problemas de saúde e lesões no corpo. Após o depoimento desta segunda, a delegada aceitou o pedido da defesa e determinou que a ex-atleta realize um exame de corpo de delito para avaliar possíveis marcas e lesões.

Ao sair da delegacia, foi possível perceber que Sandra estava com marcas nos braços e foi escoltada por dois policiais da 15ª DP até o carro. O advogado de Max informou na última quarta-feira que seu cliente foi ouvido no dia da agressão, mas espera ser chamado novamente para complementar o inquérito policial com novas informações. A Polícia Civil já ouviu uma testemunha e intimou outras três pessoas que presenciaram as agressões. O inquérito apura os crimes de injúria e lesão corporal, com pena de até cinco anos de prisão.

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