Nesta segunda-feira (17), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem de 22 anos suspeito de divulgar fotos e vídeos dos corpos de artistas mortos em acidentes na internet. De acordo com a PCDF, as imagens do corpo da cantora Marília Mendonça foram obtidas de forma ilegal e distribuídas no Twitter.
A prisão ocorreu na região administrativa de Santa Maria, a 28 km do centro de Brasília. A ação faz parte de uma investigação realizada por uma delegacia especializada que visou identificar administradores de perfis em redes sociais que divulgaram e compartilharam fotos e vídeos do corpo de personalidades artísticas.
Segundo a CNN, o suspeito teve acesso a imagens feitas durante necropsia dos cantores Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Cristiano Araújo, e compartilhava o conteúdo indiscriminadamente. Os dois primeiros artistas morreram em acidente de avião, enquanto que Araújo perdeu a vida num acidente de carro.
Não foram divulgados detalhes de como o homem preso conseguiu chegar até as fotos e vídeos.
No Brasil, a pena para quem pratica o crime de vilipêndio de cadáver pode ser de detenção de 1 a 3 anos de prisão e pagamento de multa.
A família da cantora Marília Mendonça informou que a mãe da artista, Dona Ruth, havia optado por não se manifestar sobre o assunto, "pedindo apenas que as pessoas tenham respeito e empatia, e entendam que há uma família que sofre toda vez que situações assim ocorrem". No entanto, na sexta-feira (14), Dona Ruth publicou stories em sua conta no Instagram se pronunciando a respeito.
Dona Ruth disse que a família está "chocada com tanta monstruosidade, mas também não se surpreende". Ela pediu que "esses delinquentes paguem" e ressaltou que "são delinquentes que não respeitam a memória de uma pessoa que se foi, não respeitam a dor da família". A mãe da cantora também pediu que as pessoas não compartilhem essas imagens, pois isso configura crime.
Marília Mendonça foi uma estrela e referência do sertanejo que morreu em um acidente de avião em Caratinga, Minas Gerais, em novembro de 2021. A divulgação das fotos do seu corpo gerou indignação nas redes sociais e levou a PCDF a investigar e prender o suspeito.